A fé
verdadeiramente honra a Deus, porque é a firme confiança em tudo o que a
boca de Deus tem proferido. E, porque a fé honra a Deus, Deus imputa a
fé para justiça de todo aquele que Nele crê.
A Lei de Deus na Bíblia revela que a transgressão de qualquer mandamento de Deus torna o homem culpado de uma condenação eterna.
E quem, na condição de pecador por natureza poderia cumprir tal exigência moral de Deus?
A Sua justiça o exige, porque se demanda conformação perfeita à Sua
santidade para que alguém possa ir para o céu, sem culpa alguma.
Mas, o pecado ofendeu a justiça de Deus. Foi por causa desta ofensa que o pecador perdeu o céu.
Então, o caminho de volta ao céu deve passar obrigatoriamente, pela plena satisfação da justiça de Deus.
O homem necessita então, de justiça, para ser salvo.
Mas, o alto nível desta justiça, não pode ser encontrado ou produzido por ele.
Daí ter o próprio Cristo se tornado a nossa justiça.
É pela Sua justiça imputada a nós, que podemos nos aproximar do Deus que é inteiramente justo e santo.
Consequentemente a Lei afirma, que todo aquele que não cumpre Seus mandamentos permanece debaixo de maldição,porque os mandamentos da Lei refletem o caráter da perfeita justiça de Deus.
Há somente uma maneira de ser resgatado desta maldição, uma vez que a
própria maldição não pode ser removida, em razão da exigência da
justiça de Deus que amaldiçoa todos os transgressores da Sua vontade, a
menos que eles tenham sido justificados em Cristo Jesus, pela justiça
que lhes é imputada por Deus, somente pela graça e mediante a fé.
Deste modo, Paulo explica que nós somente podemos ser justificados
pela fé, que se firma no Evangelho, na boa nova de grande alegria de que
Deus se faz favorável para com os pecadores que se arrependam de seus
pecados, e que se unem pela fé a Cristo, para serem justificados e
santificados.
Por isso, aqueles que pensam que poderão ser justificados pelo seu
mero esforço em praticarem as obras da lei, à parte da fé em Cristo,
estarão permanentemente debaixo da maldição da Lei, porque a Lei não foi
dada por Deus para o propósito de justificar, e não poderia ser dada
para tal objetivo, porque o homem é pecador e já se encontra condenado,
independentemente do que possa fazer de bom.
As santas exigências da Lei comprovam o quanto o homem está distanciado da perfeita justiça e santidade de Deus.
Logo, a Lei não poderá justificá-lo, porque para isto seria necessário
que o homem fosse perfeito no cumprimento de tudo o que a Lei exige
desde o seu nascimento, quer em palavras, em pensamentos e ações, como
nos deveres relativos a Deus quanto ao seu próximo.
Ninguém além de Jesus Cristo conseguiu cumprir perfeitamente toda a
Lei, e somente Ele poderia reivindicar a justificação da Lei caso
necessitasse dela, mas isto nunca seria preciso no seu caso, porque Ele
não tinha do que ser justificado, pois era sem pecado.
Quando alguém confia em seu coração, que seus pecados são perdoados
por causa do sacrifício de Cristo, e por causa da Sua justiça, Deus
cobrirá seus muitos pecados com o sangue do Seu Filho, e lhe aceitará
por causa desta sua confiança nos méritos de Cristo, como suficientes
para expiar a sua culpa e dar-lhe a salvação.
É como se Deus dissesse: “Eu perdoarei os seus pecados, porque você
crê que o meu Filho é poderoso para livrá-lo da condenação futura,
porque Ele próprio se fez maldição no seu lugar, na cruz, para que você
não estivesse mais debaixo da maldição da Lei.
Por causa desta sua confiança nEle, Eu lhe darei o Espírito Santo que
prometi derramar, como aceitação plena do sacrifício que meu Filho fez
por você na cruz, de maneira que o Espírito Santo possa transformar Seu
coração e operar em você um caráter verdadeiramente santo, assim como Eu
sou santo.”
Baseado em Gálatas 3
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